É cria da casa: antes da Tangerina, estagiou no Notícias da TV, escrevendo sobre filmes e séries.
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Às margens de um lago isolado na França, homens se encontram em busca de prazer e companhia, mas o que começa como desejo vai aos poucos se transformando num jogo perigoso de obsessão e mistério.
Corpo Elétrico (2017)
Antes de Baby, como falamos antes, Marcelo Caetano explorou a busca por conexões humanas genuínas em Corpo Elétrico, o seu primeiro longa-metragem. O Reino de Deus (2017)
Ambientada na Inglaterra dos anos 80, a trama desse longa segue Johnny, um jovem reservado que trabalha na fazenda de sua família e que, de vez em quando, se contenta com bebidas ou sexo casual.
É uma celebração anárquica da diversidade, do prazer e do direito de ser — e parecer — quem quiser, numa época em que o cinema ainda engatinhava na representação LGBTQIAPN+. O enredo, estrelado por Steve Sandvoss (Beije a Noiva) e Wes Ramsey (Reino das Gárgulas), segue Aaron, um missionário mórmon que esconde que gosta, na verdade, de rapazes, e seu vizinho Christian, que é publicamente assumido gay.
É pela forma como ele trata o desejo: com delicadeza, com respeito, com aquele olhar cúmplice que vai crescendo devagar, até explodir em paixão. Surpreendentemente emotivo, o longa ainda entrega um final de arrancar lágrimas, que nos faz considerar o quão curta é a vida para não vivê-la plenamente.
Dessa forma, acaba aproximando-se de seus colegas em um momento em que estava repensando muitas coisas em sua vida.
Onde assistir: Google Play Nota no IMDB: 6,1
20. Tatuagem (2013)
Transgressor, Tatuagem, de Hilton Lacerda, é daqueles filmes que chegam chutando a porta com purpurina, deboche, nudez e poesia.
E é entre apostas, revelações e dores profundas, que os dois embarcam em uma jornada de amor e aceitação. Além de Weekend, já citado nesta lista, o cineasta britânico também é responsável pelo belíssimo Todos Nós Desconhecidos. Entretanto, quando Gheorghe, um imigrante romeno, chega no lugar, os dois rapazes passam a desenvolver um vínculo transformador.
— A. C. & H. N.
19. O longa ajudou a firmar o nome do diretor como um dos grandes aliados da visibilidade LGBTQIAPN+. Tudo o que achava que sabia sobre si mesmo muda quando ele começa a se apaixonar pelo rapaz. O prêmio foi um recado forte: o cinema LGBTQIAPN+ tem espaço, talento e histórias lindas e necessárias pra contar.
Moonlight não só emocionou o público, mas abriu portas pra uma nova leva de narrativas queer, diversas e poderosas.
Praia do Futuro (2014)
Dirigido por Karim Aïnouz (Motel Destino), a partir do roteiro do cineasta em parceria com Felipe Bragança (O Céu de Suely) e Marco Dutra (As Boas Maneiras), Praia do Futuro, estrelado por Wagner Moura (O Agente Secreto), explora as nuances das relações humanas, da identidade pessoal e do impacto do passado no presente.
Através da história do salva-vidas Donato (Moura), que se afasta de seu irmão caçula, Ayrton (Jesuíta Barbosa, Homem com H), para viver com o alemão Konrad (Clemens Schick, Andor), o longa traz uma profunda reflexão sobre amor, saudade e o desejo de encontrar um lugar onde se pertença verdadeiramente.
Uma Nova Amiga (2014)
Em Uma Nova Amiga, o cineasta francês François Ozon (Jovem e Bela) emula Pedro Almodóvar. Grande Liberdade (2021)
Great Freedom, seu título original, é um longa-metragem austríaco de 2021 que apresenta uma história de resistência e amor.
A narrativa acompanha Hans, um homem gay vivendo na Alemanha após a Segunda Guerra.
Em 1997, Wong Kar-Wai (Amor à Flor da Pele) entregou um romance gay que não se preocupa em ser didático ou bonitinho.
Pedágio (2023)
No longa de Carolina Markowicz (Ninguém Tá Olhando), Suellen (Maeve Jinkings, DNA do Crime) trabalha como uma cobradora de pedágio e percebe que pode usar o seu trabalho para fazer uma renda extra ilegalmente e financiar a ida de seu filho, Tiquinho (Kauan Alvarenga, O Órfão), a um caríssimo programa de cura gay, ministrado por um famoso pastor estrangeiro.
Através de uma história potente, Pedágio retrata a opressão e a violência sofrida pela população LGBTQIPAN+ frente às incoerências e atrocidades promovidas pela sociedade, especialmente nos últimos anos.
A Lei do Desejo (1987)
Uma lista de cinema LGBTQIAPN+ tem que ter Pedro Almodóvar em estado puro: exagerado, intenso, sensual e totalmente sem medo de mergulhar nesse universo. Não é um filme para qualquer um, mas é um que toca profundamente quem se conecta com ele. Os Rapazes da Banda (1970)
Os Rapazes da Banda é praticamente um clássico fundador quando falamos de representatividade gay no cinema.